O governo argentino prepara um grande incentivo fiscal para carros elétricos, híbridos e movidos por hidrogênio. A projeto de lei está nas mãos do presidente Maurício Macri e deve ser anunciado nas próximas semanas. Suspeita-se que o anúncio oficial seja feito na abertura do Salão de Buenos Aires, no dia 9 de junho, evento em que o NA estará presente.
O incentivo consiste na isenção do imposto de importação para estes três tipos de veículos, tanto automóveis quanto comerciais leves. Apenas as empresas instaladas na Argentina serão contempladas, sendo elas Agrale, FCA, Ford, GM, Honda, Iveco, Renault-Nissan, Mercedes-Benz, PSA, Ralitor (JMC, DFM, Foton, BAIC e Kandi), Scania, Toyota, Volkswagen e Zanella. Audi, Seat e Lexus também estão incluídas por conta de suas controladoras.
A medida exclui, portanto, os importadores de veículos. A nova regra também retira do benefício os chamados veículos elétricos de baixa performance, geralmente limitados em 50 km/h. A lei impede a isenção de II para veículos com menos de 400 kg sem baterias e com potência abaixo de 20 cv.
Com isso, o Kandi Coco (comercializado em Recife) da Ralitor não será beneficiado, assim como o Renault Twizy (foto abaixo), tanto o 45 quanto a versão 80. Aqui, o elétrico é montado em lotes limitados pela Itaipu Binacional, mas pode se beneficiar por causa do Mercosul se for exportado ao mercado vizinho. Os carros beneficiados deverão atender às normas locais. Atualmente apenas os Nissan Leaf, Toyota Prius, VW Touareg Hybrid e Renault Kangoo ZE atendem os requisitos.
A medida tem prazo de 36 meses, podendo ser renovada e o governo espera beneficiar 9 mil veículos no país. Além disso, recentemente um acordo feito pela petrolífera argentina YPF criará uma rede com 220 pontos de recarga para elétricos e híbridos plug-in no país.
Brasil
Espera-se que essa iniciativa seja acompanhada pelo Brasil, que já concede alguns benefícios para o segmento, mas ainda sem efeito para o avanço dos carros elétricos no mercado nacional. Ao contrário do país vizinho, nenhum grande acordo foi fechado por parte do governo federal e empresas privadas ou estatais para criação de uma rede nacional de recarga para elétricos.
A falta de infraestrutura, aliada à tributação equivocada e falta de incentivos mais abrangentes, torna o carro elétrico uma realidade distante no panorama brasileiro. A maioria dos fabricantes instalados no país possuem produtos desse segmento, assim como tecnologias que podem ser aplicadas por aqui. Mas, estes entraves dificultam sua introdução no mercado.
[Fonte: Autoblog Argentina]
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