Por Ricardo de Oliveira A Fiat Toro continua tranquila no mercado nacional, ainda mais após ser vice-líder em abril, perdendo apenas para a Nova Strada, um verdadeiro ?Onix com caçamba?.
Apesar de a Ford já dispor ? embora ainda não tenha lançado ? sua Maverick e a Hyundai pronta com sua Santa Cruz, a picape da Stellantis só deve mesmo se preocupar é com duas opções que mais adiante estarão no mercado brasileiro.
Destas, a primeira nem apareceu ainda, mas já pavimenta seu caminho pelo chão de fábrica em São Caetano do Sul, contrariando a ideia de uma picape argentina. Tarok: Com GM tendo uma anti-Toro, VW pode acelerar nova picape
Com a ação da GM, outra que apareceu de todas as formas ? só faltou ser provada pela imprensa ? deve acelerar para não perder o passo e ficar para trás.
Neste caso, estamos falando da Volkswagen Tarok, um projeto ideal para mercados como o brasileiro, onde a Toro mostra que há clientes dispostos a ter uma picape, mesmo nos grandes centros urbanos.
Além disso, com a elevação dos preços das picapes médias, uma intermediária entre as leves e aquelas de chassi de longarinas, fica bem para quem não quer ter um veículo tão grande e com conforto de um SUV.
É aí que a VW Tarok se encaixaria bem, especialmente porque o conceito apresentado está exatamente nas dimensões do segmento, além de inovar com uma cabine com acesso ao compartimento de carga.
Com desenho interessante, a Tarok foi mostrado no derradeiro Salão do Automóvel 2018 e era uma promessa boa até a chegada do coronavírus e o adiamento de todos os projetos da VW.
Contudo, agora a Volkswagen retomará os investimentos no Brasil e Argentina a partir da remodelagem da linha de produção em Taubaté, onde fará o projeto MQB-A00 para um sucessor de Gol e Voyage.
Ainda não se sabe se esta planta fará a Tarok, mas o provável é que São José dos Pinhais ou General Pacheco sejam escolhidas para produção desta picape.
Obviamente na Argentina, ela substituiria a Amarok atual na mesma linha do Taos. No Paraná, usaria a linha do T-Cross. Na Anchieta, a Saveiro NF se juntará ao trio Polo/Virtus/Nivus.
Com motor 1.4 TSI de 150 cavalos e 25,5 kgfm, além de transmissão manual de seis marchas ou Tiptronic com seis velocidades, a Tarok poderia ser exportada ao mercado americano ou até mesmo ser feita em Puebla, porém, usando o 2.0 TSI Gen III de ciclo Miller com 190 cavalos e 32,6 kgfm. O potencial para seguir para a Europa, a Tarok poderia até dispor de motor diesel EA189 ou EA288, ambos 2.0 TDI com 170 ou 180 cavalos, embora eles alcancem 204 cavalos. O problema é a imagem do Dieselgate, o que não se aplicaria tanto aqui.
Ricardo de Oliveira Técnico mecânico, formado há 25 anos. Há 14 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz nossos testes e avaliações. Também trabalhou nas áreas de retificação de motores, comércio e energia.
Fonte: noticiasautomotivas.com.br, acesse o site e saiba mais.....